Quando tu, pernas abertas
Como o meu livro preferido, me esperas
Eu descubro o teu corpo cálido
Primeiro com os meus lábios
Leio-te, poesia em Braille
Que de ti escorre ao fim da leitura
No teu cheiro, litogravuras
Desenhadas com o friccionar dos meus dedos
Que sejam estas tábuas jamais quebradas
Que eu, levita e guardiã das leis do teu corpo
Jamais deixe de adentrar o teu templo
Saindo ungida com o teu óleo pagão.